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Tribuna da Comunidade - Quinta-feira, 13 de Abril de 2023

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Presidente do Fundo Social faz denúncia contra vereadores, afirma ter havido uso político na distribuição de cestas básicas e renúncia de receita pelo ex-prefeito

Tribuna da Comunidade


Presidente do Fundo Social faz denúncia contra vereadores, afirma ter havido uso político na distribuição de cestas básicas e renúncia de receita pelo ex-prefeito

No uso da Tribuna da Comunidade, Cláudio Moraes, presidente do Fundo Social, apresentou postagens dos vereadores Reginaldo e Zito nas redes sociais, tais postagens tratavam da distribuição de cestas básicas

 

O presidente do Fundo Social sugeriu que os vereadores fizeram uso político da situação. Em sua defesa, o vereador Reginaldo Fabiano afirmou que as 72 cestas distribuídas nos bairros Cascata e Marco Divisório foram doadas e entregues pela entidade Central Única das Favelas (Cufa), durante a pandemia do novo coronavírus. “Eles (a Cufa) vieram (do Rio de Janeiro) e distribuíram as cestas, a listagem (das pessoas que receberam) eu peguei com a secretária do padre. A fome não espera, seu Cláudio. A Cufa queria distribuir, e as cestas foram pro salão da igreja. A Cufa veio do Rio e fez a distribuição”, disse. No entanto, Claudio argumentou que as cestas destinadas pela Cufa em parceria com a concessionária Renovias, no período pandêmico, foram entregues, nas outras cidades da região, ao Fundo Social de cada cidade, e as entidades teriam feito a distribuição, mas isso não aconteceu na Prata. “As nossas foram direcionadas e distribuídas pelo vereador”, disse.

Claúdio também apresentou denúncia contra o ex-presidente da Câmara, José Sebastião Chiodeto, o Zito. De acordo com o presidente do Fundo Social, Zito teria feito uso político da distribuição de cestas enviadas pelo deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT). Moraes afirmou que tais cestas não chegaram ao Fundo Social e – dirigindo-se a Zito – disse: “O senhor falta com a verdade, estas cestas não vieram pro nosso município. Como é que um vereador recebe mais de 200 cestas básicas e vai distribuir pra população? Eu tô procurando onde é que tá estas cestas básicas? (sic)”. Depois ironizou: “Não precisa de Fundo Social, não precisa de Cras porque o vereador tá fazendo o serviço nosso”, referindo-se ao desempenho da principal atividade da entidade. 

O vereador Zito defendeu-se, dirigindo a Cláudio Moraes: “Eu só queria saber se ele achou algum lugar que eu dei uma cesta básica, eu não entreguei uma cesta (sic)”. Zito explicou que o deputado Luiz Fernando Teixeira (PT) comunicou, por ofício, ter enviado cestas a diversas cidades (no período da pandemia), com verbas provenientes do corte de salários dos deputados estaduais, o que representou 150 mil cestas. “Ele (o deputado) fala que veio pra Prata 150 cestas (sic)”, disse Zito. E depois: “eu dei cesta básica pros outros, não sou miserável”, afirmou, referindo-se a doações pessoais que faz a famílias que necessitam e destacou que faz sem publicidade: “eu não entreguei (pessoalmente) uma!”.

Ao final de sua fala, Cláudio Moraes sugeriu à presidente da Câmara, Cristina Lerosa, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias contra os vereadores Reginaldo e Zito. A presidente da Câmara explicou que a abertura de uma CPI requer pedido por um terço dos vereadores e disse que aguardará que tal pedido seja feito. 

 

Renúncia de receita do ex-prefeito Carlos Henrique

Cláudio Moraes começou sua fala explicando o que significa renúncia de receita: “Renúncia de receita ocorre quando o município rejeita o recebimento de valores para beneficiar particular ou, por negligência, acaba deixando de cobrar impostos, taxas. O termo renúncia de receita diz respeito ao ato de negar ou rejeitar receitas ou dinheiro que deveria ser arrecadado para manter as políticas públicas, trata-se de dinheiro público e o prejuízo aos cofres públicos atinge a população”. Cláudio classificou a renúncia como crime de improbidade administrativa. Ele também se referiu a mau uso do dinheiro público e falou sobre a falta de pagamento de precatórios e do Instituto de Previdência. “Usa-se o dinheiro para outros fins, trazendo prejuízo para a população e até para funcionários públicos”, e afirmou que houve mau uso do dinheiro público na gestão municipal anterior.

 

Imagem: Beth Miranda

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