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Sessão solene - Terça-feira, 23 de Novembro de 2021

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EVENTO PELA CONSCIÊNCIA NEGRA REÚNE VEREADORES, HOMENAGEADOS E POPULAÇÃO, PARA LEMBRAR A IMPORTÂNCIA DA LUTA CONTRA O RACISMO

Também estiveram presentes professores e lideranças regionais do movimento negro


No último dia 19, os vereadores de Águas da Prata se reuniram para comemorar, em sessão solene, o Dia da Consciência Negra e homenagear os cidadãos pratenses Célia Aparecida Moreira e o Francislei Gonçalves. 

Para lembrar do histórico de resistência do povo negro no país, foram convidados Marcos Paulo Pereira, o Marcão da Capoeira, professor e presidente da Integração Cultural Negra Protea, a advogada Maria de Lourdes Juvêncio, coordenadora de assuntos discriminatórios da OAB, seção São João da Boa Vista, a professora da Unifeob, Mariângela Jacomini, que também é supervisora da Diretoria de Ensino de São João da Boa Vista, e Mariana Mayor, docente da Universidade Estadual de Santa Catarina. Os convidados destacaram o preconceito racial que continua presente na vida diária dos pretos e pardos, mesmo depois da 130 anos da abolição. 

Marcão da Capoeira lembrou da responsabilidade do Legislativo na promoção de políticas públicas de enfrentamento do preconceito: “Por essa Casa passam questões que vão desaguar na Saúde da população negra, no Esporte, na Educação, nós, como sociedade, somos herdeiros de uma questão muito séria e ainda não enfrentamos essa discussão, nós vivemos num país que pensa em 30% de sua população. Na escravidão, uma sociedade oligárquica se apossou do Estado e vem conduzindo isso de maneira cruel”. Ele finalizou destacando a necessidade de se discutir o preconceito: “O racismo não é uma coisa aleatória, ele tem CPF e RG”.

A advogada Maria de Lourdes falou de representatividade: “Não basta eu ter a pele preta para representar uma população, é preciso agir”. E completou: “Eu carrego a minha pele preta o ano todo, num lugar predominantemente masculino. Não é fácil uma mulher preta chegar numa penitenciária. Já fui “n” vezes confundida com mulher do preso, já fui impedida de entrar, já levei bronca de delegado quando eu estava saindo da cela.”

Para Mariana Mayor, “durante muito tempo houve um constrangimento em afirmar que determina pessoa é negra, como se isso fosse um defeito ou ofensa e para driblar esse constrangimento criaram denominações como moreninha, escurinha, de cor, e nesse drible social o racismo foi criando disfarces. A negação da herança africana é um longo processo de apagamento com consequências subjetivas e sociais”, disse.

Já a professora Mariângela Jacomini falou da aculturação, da violência contra o povo negro e da necessidade de continuar lutando contra o preconceito: “Muitos de nós aceitou o processo criminoso, porém institucionalizado por lei, de branqueamento e passou a negar a sua própria origem, nós temos negros que são contra as políticas afirmativas como o sistema de cotas, sem nem saber como funciona esse sistema”. Depois destacou os dados alarmantes de violência contra a população preta: “A cada 23 minutos um jovem negro é morto no Brasil. Isso não é por acaso, isso é projeto, assim como o projeto de branqueamento da população. Foram quase 380 anos de escravização institucionalizada por lei”, e finalizou lembrando o líder negro Nélson Mandela: “ninguém nasce odiando o outro pela cor da sua pele, e se é possível ensinar a odiar porque não ensinar a amar?”.

Já a prefeita Regina Helena Janizelo disse que vê o preconceito diariamente: “Tá na hora de a gente pôr a mão na consciência, nos unirmos cada vez mais e acabar com essa tristeza que a gente vê não só no Brasil”.

O presidente da Câmara Municipal, José Sebastião Chiodeto, se referiu aos 15 milhões de desempregados no país e destacou que 80% destes são negros. Ele também lembrou das pessoas em situação de miséria: “quase 80% das pessoas que estão na linha da miséria são negros” e chamou a atenção para a realidade de racismo na cidade: “não se vê vagas pra negros nas grandes empresas (da cidade), o racismo existe e muito, principalmente numa cidade pequena como a nossa”, finalizou.

 

Imagens: Beth Miranda

 

 

 

 

 

 

 

 

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